domingo, agosto 28, 2005

Yin Yang


Pois é. Depois de um período de ausência do meu castelo de algodão doce, cá estou eu de volta ao centro do país. Passou mais ou menos uma semana desde o meu último post. Semana esta passada no norte do nosso país na bela cidade de Viana do Castelo.

Uma cidade lindíssima que eu aconselho a visitar pelo menos uma vez na vida.

Mas o mais emocionante não foi a minha estadia na terra do meu amor :D:D Foi sim a volta.

Depois de uma noite mal dormida, devido a um tipo ainda indefinido de intoxicação (alimentar ou talvez por causa da água), e de três sessões de vómitos da minha parte, a minha barriga estava, como é óbvio feita num oito. E ainda tinha uma viagem de centenas de kilometros a fazer. Imaginem o meu estado de espírito. Mas adiante.

Eu e o meu principe pusemos as nossas coisinhas no verdocas (e acreditem que não eram poucas) e metemo-nos á estrada. Passados pouco mais que uns 60 Km, o carro parou. Simplesmente não lhe apeteceu andar mais e o motor parou de trabalhar. E onde ficámos parados, perguntam vocês? Nada mais nada menos que no meio da conhecida ponte da Arrábida, na cidade do Porto. Mais uns poucos metros e tinhamos conseguido sair da ponte e evitar que o trânsito ficasse condicionado.

Mas não. O dia hoje não era nosso amigo.

Depois da chegada do reboque que levou o verdocas, depois de tirarmos tudo o que tinhamos no carro para o chão, depois te ter chegado o táxi que nos iria transportar, depois de pormos novamente tudo dentro do táxi, lá fomos nós. O verdocas voltou á boleia para Viana do Castelo e nós fomos até Aveiro.

Sim, eu sou de Leiria. E era até lá que íamos. Mas a assistência em viagem só nos poderia levar até Aveiro. E lá fomos nós, á boleia de um taxista um pouco arrogante e ainda mais maluco até Aveiro onde os meus pais nos iriam buscar.

Chegámos a Aveiro, tirámos as coisas do táxi, colocámo-las no chão novamente e o táxi foi-se embora. Os meus pais chegarm uma meia hora depois. Voltámos a por as coisas no carro e andamos mais uns quantos kilometros até Leiria. Isto tudo com a minha barriga num oito e eu com vontade enorme de vomitar e cansada e dorida por não ter dormido mais de duas horas nessa noite.

Sem dúvida um belo dia. Seria um dos piores dias da minha vida se não estivesse com o meu amor lindo :D

Mas depois de chegarmos, fomos jantar e a dor de barriga passou. Graças a um maravilhoso ENO!!!! Com sabor a limão :D

Venho aqui evidenciar e esclarecer-vos dos fantásticos poderes curativos do ENO. É verdade. Eu também não acreditava. Mas agora tenho que me render ás evidências. O ENO é maravilhoso :D (não, isto não é uma publicidade :D)

Mas bem, há dias assim em que parece que nada corre bem. Podia ter sido pior. Como por exemplo: era o último dia do seguro do carro, ou seja, o último dia em que tinhamos direito á assistência em viagem :D

Yin Yang meus senhores. Há sempre uma bolinha branca na zona preta :D:D

sexta-feira, agosto 19, 2005

Tão giro :D

Desculpem, mas tinha que por um post com esta foto. Acho o puppy tão fofo!!! Eu sou passadita por cães, por cachorritos e cães pequeninos, então... :D:D Olhem po focinho dele. Cara de mau :D Tão kido :D

Sim, eu sei que muito provavelmente tem Photoshop em cima, mas admitam que está fofito. :D Tão pekinino :D:D

Pois é...que tristeza

Pois é senhoras e senhores. Hoje é o meu último dia de trabalho. (N\A: para ser lido com a emoção de quem foi salvo da forca :D). Uma tristeza imensa emerge de dentro do meu coração e espalha-se rapidamente por todas as células do meu corpo. Não sei que fazer ... Se calhar sentar-me a um canto e esperar que passe :D. Pois é isso que vou fazer.

...

Voltei. Também não demorou muito. Porque será?? :D

(Nota: tinha que escrever um post pequenito porque eles tavam com tendência para aumentar :D e a gente tem que lhes mostrar quem manda. Qualquer dia tinha q escrever um post de 2 páginas e não tou com paciência. MWAHAHAHAHA!!! Sou muito má!!

...

Não, não caí do castelo de algodão doce. Foi simplesmente a coca-cola das 8h30 que me subiu á cabeça :D)


terça-feira, agosto 16, 2005

O dia mais feliz

Em relação ás pessoas pequeninas...estive a pensar como elas nos afectam. A realidade é que essas pessoas acabam por afectar os nossos dias. Quer queiramos quer não, por melhor que esteja a nossa disposição ao acordar, há sempre uma pessoa pequenina que diz, faz, age de uma maneira que reduz o nosso espírito um pouco. É certo que logo esquecemos que essa pessoa existe mas aquele momento em que fez isso é um momento a mais e logo nos sentimos um pouco menos superiores a ela. Por superiores não quero dizer melhores, mais inteligentes, mais ricos, mais poderosos, mas sim superiores á maneira de ser dessas pessoas. Temos que ser superiores a elas para não nos tornarmos iguais a elas.

Mas não. Este post não é uma continuação do anterior. Escrevo novamente para contemplar uma situação que presenciei ontem e que vários de nós presenciámos alguma vez nas nossas vidas ou que, pelo menos, temos conhecimento.

Casamentos.

Fui ontem a um casamento de um primo chegado e entre o naco de vitela com molho de castanhas e o lombo de porco com ananás e arroz de passas (não há pratos diferentes o suficiente nos casamentos de gente nova :D), pus-me a pensar...

Cada vez tenho mais convicção na minha teoria das pessoas que vivem em castelos de algodão doce e das pessoas pequeninas que vivem no chão. É que, se estivermos com atenção conseguimos destingui-las apenas pela maneira como reagem ás situações, neste caso a um casamento, mas serve qualquer data de celebração, sobretudo importante para alguém da famíla ou amigos chegados.

O casamento a que fui estava cheio de pessoas que vivem em castelos de algodão doce. Pessoas que num dia tão especial são capazes de deixar em casa todos os problemas das suas vidas e ir apreciar a festa e divertir-se, quer seja a dançar, a beber ou apenas na conversa (cada qual se diverte á sua maneira).

Se formos a pensar, a maior parte das pessoas que se casam fazem-no pelo menos um ano depois de terem anunciado o noivado. Ou seja, tiveram um ano inteiro a pensar e a planear este dia. O dia que será o mais feliz das suas vidas já que vão criar um laço importante entre eles. Hoje em dia casar já não significa ir viver juntos, ter a primeira experiência sexual, adquirir mais independência, nomeadamente em relação aos pais. Tanto que a maior parte dos novos casais já nem se casam. Vivem juntos e fazem juntos a sua vida. Não acho mal. Sou a favor do casamento, e hei-de me casar um dia (nem que tenha 90 anos :D), mas entendo perfeitamente o facto de um casal não achar necessidade de se casar. É só um papel que assinam. Mas no meu caso acho que tem de haver festa, celebração. É um motivo a celebrar, ou não é?! :D Não é preciso ser grande, é preciso ser feliz.

Mas quero voltar ás pessoas dos castelos de algodão doce. Tanto os noivos como os convidados pertenciam a esta categoria. Tantas vezes ouvi (e se ouve nestes casamentos) pessoas a queixarem-se de qualquer aspecto da sua vida, quer seja da artrite reumatóide do dedo mindinho da mão direita, quer seja de o patrão ser um autêntico paspalho ou de não serem bem pagos. Realmente as pessoas queixam-se sempre. Faz parte da natureza humana o acto de queixar :D. Mas a maravilha das pessoas que vivem em castelos de algodão doce são as palavras que se ouvem logo a seguir. "Mas não vamos falar em misérias. Hoje é dia de festa!" A fantástica habilidade que estas pessoas têem de deixar de pensar em si próprios e nas suas vidas por umas horas e ser felizes por um pouco em honra dos noivos.

Os noivos.
Tenho que falar nos noivos. Claro que eram as pessoas mais contentes de todo o casamento :D, mas pensemos um instante. Vamo-nos casar. Vamos organizar uma festa para umas 100 pessoas. Uma festa que demora 1 ano a organizar e que (temos esperança :D) vai ser única nas nossas vidas. Uma festa que tem que estar perfeita já que vai transmitir a personalidade dos noivos, as suas crenças, os seus gostos. Nem tinha que transmitir nada. Um casamento tem que estar perfeito e em perfeita sincronia com os noivos. É de conhecimento geral e é assim que deve ser :D. Mas enfim, adiante. Com tanta coisa que é preciso tratar. Tanta gente com quem se tem que falar. Tanta coisa a organizar. Quanto mais coisas há para organizar, maior é a probabilidade de alguma coisa correr mal (Lei de Murphy - uma das muitas :D). É normal que pessoas que estejam um ano inteiro a antecipar um dia e a trabalhar para que esse dia seja inesquecível tanto para eles próprios como para os convidados, estejam nervosos que alguma coisa corra mal.

Realmente correu. Á noite, depois do copo d'água, os convidados foram...convidados (lol) a ir até ao jardim. Ao chegar ao dito jardim, deparamo-nos com o bolo numa mesa mesmo á saída das escadas que nos conduziram lá. Os noivos ficaram lá dentro, e, depois de uns minutos de fogo de artificio, saíram com a companhia sonora de uma balada dos Bon Jovi. Após descerem o primeiro lanço de escadas os empregados acenderam o resto do fogo de artificio. Desta vez uns cones (sabem aqueles pauzinhos que se põem nos bolos de aniversário e que dão faíscas? Agora pensem em tamanho gigante :D) que estavam nos lados da escada e entre os quais era suposto passarem os noivos. Os cones acenderam-se. Mas não ficaram direitos. Cairam e em vez de faíscas só se via fumo.

Chegámos ao ponto fulcral. Uma pessoa pequenina ficaria chateada com os empregados. Ficaria FDV (que é como quem diz: Fodido Da Vida :D) e continuaria até ao bolo com uma cara carrancuda e fazendo para ignorar o facto de um dos empregados se ter queimado.

O que fez o meu primo? Disse á sua noiva/esposa para esperar mais atrás. Foi e pôs alguns dos cones direitos e passou por eles com ela, com um sorriso nos lábios. Quando viu o empregado agarrado ao braço voltou a trás a correr para ver como ele estava e pelo abraço que deram parece-me que ele estava bem :D.

Moral da história: o facto de haverem coisas que não correm como planeado no dia do teu casamento, não quer dizer que deixe de ser o dia mais feliz da tua vida. E que fazer quando as coisas não correm bem? Sorrir e continuar em frente.

É assim que fazem as pessoas que vivem em castelos de algodão doce. :D

terça-feira, agosto 09, 2005

Pessoas pequeninas

Ás vezes sento-me á janela do meu castelo. E olho para baixo...

Porque é que há tantas pessoas lá em baixo? Tão pequeninas ... Será que gostam de estar no chão? Será que gostam de ser pequeninas? São tão ... pequeninas ...

Porque é que não vêm para cá? Porque é que não vêm viver para um castelo de algodão doce?
Será que gostam de viver ali? Será que há qualquer coisa lá em baixo de que não podem dispensar? Que outra razão haveria para quererem ficar ali?

Não é difícil ter um castelo de algodão doce. Só é preciso querer ser feliz a todo o custo. Querer ser uma pessoa melhor. Não é preciso pagar para ter um castelo de algodão doce. Não se pagam impostos, nem contas. Nem há taxas extra a pagar por ocupar um pouquinho do céu. Só é preciso querer ser melhor.

Eu quero ser melhor. Será que eles não querem?

Perguntei ás pessoas dos castelos vizinhos: "Porque é que eles estão lá em baixo? É tanta gente ... Não os podemos trazer para cá? Parecem tão tristes. Aqui iam ser felizes. Não os podemos ajudar?"

Responderam-me que não podiam vir para cá. São pessoas que têm um coração pequenino e que não podem evoluir porque se sentem bem como estão. Estão rodeados de pessoas iguais a eles e por isso sentem que estão no sítio deles. Sentem-se confiantes e acham-se melhores que os outros iguais a eles. Acham-se grandes, mas não passam de pessoas que vivem no chão.

Não passam de pessoas que vivem no chão.

Fiquei triste por eles. Vivem no chão e sentem-se bem lá. Como é que poderão gostar de viver no chão? Não devem conhecer mais nada. Devem pensar que não podem subir mais alto e ser superiores ao resto das pessoas do chão. Não conhecem mais nada.

As pessoas que vivem no chão são pessoas que não querem ser melhores. São pessoas que deixaram que o seu coração amargurasse com a rotina, preocupações e medos do dia-a-dia. Tornaram-se pessoas más, mesquinhas e intriguistas e acham que isso é que está certo.

Tenho pena deles. Gostava de os poder ajudar. De certeza que não iriam querer a minha ajuda. São muito ingratas. Reconhecem o acto de uma pessoa as querer ajudar com o acto de essas pessoas se acharem melhores que elas. Não é verdade. Só quero ajudar. Mas como?

"Não dês um peixe a uma pessoa faminta, mas ensina-a a pescar."

Não posso trazê-las simplesmente para cá. Não se adaptariam e a sua má disposição ia pôr toda a gente triste. Não podemos ser tristes cá em cima. Simplesmente não dá.

A única coisa que podemos fazer é ser felizes. Pode ser que algum dia eles deixem de olhar para os seus umbigos. Pode ser que um dia olhem para cima e não vejam pessoas mais importantes que eles, mas sim pessoas felizes.

É isso que somos. Felizes.

Pode ser que quando nos virem tentem ser como nós. Pode ser que um dia ganhem o direito a um castelo de algodão doce. Pode ser que um dia não hajam mais pessoas no chão. Pode ser que um dia ... seja tudo perfeito.

E viveram felizes para sempre


O meu amor lindo.
O meu príncipe encantado que me salvou das garras da malvada bruxa Vi daChata (:D) e me levou para o seu reino encantado de amor, carinho, amizade e respeito.
Somos muito felizes no nosso castelo de algodão doce.
Amo-te bébé. (:*)

segunda-feira, agosto 08, 2005

Castelos e contos de encantar


Começou...

Era uma vez uma princesa...