Pessoas pequeninas
Ás vezes sento-me á janela do meu castelo. E olho para baixo...
Porque é que há tantas pessoas lá em baixo? Tão pequeninas ... Será que gostam de estar no chão? Será que gostam de ser pequeninas? São tão ... pequeninas ...
Porque é que não vêm para cá? Porque é que não vêm viver para um castelo de algodão doce?
Será que gostam de viver ali? Será que há qualquer coisa lá em baixo de que não podem dispensar? Que outra razão haveria para quererem ficar ali?
Não é difícil ter um castelo de algodão doce. Só é preciso querer ser feliz a todo o custo. Querer ser uma pessoa melhor. Não é preciso pagar para ter um castelo de algodão doce. Não se pagam impostos, nem contas. Nem há taxas extra a pagar por ocupar um pouquinho do céu. Só é preciso querer ser melhor.
Eu quero ser melhor. Será que eles não querem?
Perguntei ás pessoas dos castelos vizinhos: "Porque é que eles estão lá em baixo? É tanta gente ... Não os podemos trazer para cá? Parecem tão tristes. Aqui iam ser felizes. Não os podemos ajudar?"
Responderam-me que não podiam vir para cá. São pessoas que têm um coração pequenino e que não podem evoluir porque se sentem bem como estão. Estão rodeados de pessoas iguais a eles e por isso sentem que estão no sítio deles. Sentem-se confiantes e acham-se melhores que os outros iguais a eles. Acham-se grandes, mas não passam de pessoas que vivem no chão.
Não passam de pessoas que vivem no chão.
Fiquei triste por eles. Vivem no chão e sentem-se bem lá. Como é que poderão gostar de viver no chão? Não devem conhecer mais nada. Devem pensar que não podem subir mais alto e ser superiores ao resto das pessoas do chão. Não conhecem mais nada.
As pessoas que vivem no chão são pessoas que não querem ser melhores. São pessoas que deixaram que o seu coração amargurasse com a rotina, preocupações e medos do dia-a-dia. Tornaram-se pessoas más, mesquinhas e intriguistas e acham que isso é que está certo.
Tenho pena deles. Gostava de os poder ajudar. De certeza que não iriam querer a minha ajuda. São muito ingratas. Reconhecem o acto de uma pessoa as querer ajudar com o acto de essas pessoas se acharem melhores que elas. Não é verdade. Só quero ajudar. Mas como?
"Não dês um peixe a uma pessoa faminta, mas ensina-a a pescar."
Não posso trazê-las simplesmente para cá. Não se adaptariam e a sua má disposição ia pôr toda a gente triste. Não podemos ser tristes cá em cima. Simplesmente não dá.
A única coisa que podemos fazer é ser felizes. Pode ser que algum dia eles deixem de olhar para os seus umbigos. Pode ser que um dia olhem para cima e não vejam pessoas mais importantes que eles, mas sim pessoas felizes.
É isso que somos. Felizes.
Pode ser que quando nos virem tentem ser como nós. Pode ser que um dia ganhem o direito a um castelo de algodão doce. Pode ser que um dia não hajam mais pessoas no chão. Pode ser que um dia ... seja tudo perfeito.
Porque é que há tantas pessoas lá em baixo? Tão pequeninas ... Será que gostam de estar no chão? Será que gostam de ser pequeninas? São tão ... pequeninas ...
Porque é que não vêm para cá? Porque é que não vêm viver para um castelo de algodão doce?
Será que gostam de viver ali? Será que há qualquer coisa lá em baixo de que não podem dispensar? Que outra razão haveria para quererem ficar ali?
Não é difícil ter um castelo de algodão doce. Só é preciso querer ser feliz a todo o custo. Querer ser uma pessoa melhor. Não é preciso pagar para ter um castelo de algodão doce. Não se pagam impostos, nem contas. Nem há taxas extra a pagar por ocupar um pouquinho do céu. Só é preciso querer ser melhor.
Eu quero ser melhor. Será que eles não querem?
Perguntei ás pessoas dos castelos vizinhos: "Porque é que eles estão lá em baixo? É tanta gente ... Não os podemos trazer para cá? Parecem tão tristes. Aqui iam ser felizes. Não os podemos ajudar?"
Responderam-me que não podiam vir para cá. São pessoas que têm um coração pequenino e que não podem evoluir porque se sentem bem como estão. Estão rodeados de pessoas iguais a eles e por isso sentem que estão no sítio deles. Sentem-se confiantes e acham-se melhores que os outros iguais a eles. Acham-se grandes, mas não passam de pessoas que vivem no chão.
Não passam de pessoas que vivem no chão.
Fiquei triste por eles. Vivem no chão e sentem-se bem lá. Como é que poderão gostar de viver no chão? Não devem conhecer mais nada. Devem pensar que não podem subir mais alto e ser superiores ao resto das pessoas do chão. Não conhecem mais nada.
As pessoas que vivem no chão são pessoas que não querem ser melhores. São pessoas que deixaram que o seu coração amargurasse com a rotina, preocupações e medos do dia-a-dia. Tornaram-se pessoas más, mesquinhas e intriguistas e acham que isso é que está certo.
Tenho pena deles. Gostava de os poder ajudar. De certeza que não iriam querer a minha ajuda. São muito ingratas. Reconhecem o acto de uma pessoa as querer ajudar com o acto de essas pessoas se acharem melhores que elas. Não é verdade. Só quero ajudar. Mas como?
"Não dês um peixe a uma pessoa faminta, mas ensina-a a pescar."
Não posso trazê-las simplesmente para cá. Não se adaptariam e a sua má disposição ia pôr toda a gente triste. Não podemos ser tristes cá em cima. Simplesmente não dá.
A única coisa que podemos fazer é ser felizes. Pode ser que algum dia eles deixem de olhar para os seus umbigos. Pode ser que um dia olhem para cima e não vejam pessoas mais importantes que eles, mas sim pessoas felizes.
É isso que somos. Felizes.
Pode ser que quando nos virem tentem ser como nós. Pode ser que um dia ganhem o direito a um castelo de algodão doce. Pode ser que um dia não hajam mais pessoas no chão. Pode ser que um dia ... seja tudo perfeito.
2 Comments:
Lindo!
Adoro o meu castelo de algodão doce!
Muito bem meu amor! escreves muito bem :)
mas foi a minha cunhadita que escreveu!??! Ai que eu nao sabia deste talento ;) Muito bem!!!
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